1. A entrada do Frade em cena e a surpresa que provoca.
R: O Frade entra a cantar, com uma mulher no braço, comportando-se como alguém, que não um Frade.
2. Símbolos cénicos que transporta e seu valor simbólico.
R: Moça Escudo Espada Elmo (capacete de guerra) Hábito (capelo) A moça representa o adultério/ pecado da carne. Através do escudo, da espada e do elmo, o Frade aspira à classe social nobre; comporta-se como um fidalgo. O hábito (capelo) representa a Religião, neste caso artificial.
3. A preocupação de visar com a crítica todos os frades e não apenas este que aqui aparece:
3.1. Verso que o comprova;
R: “ E eles fazem outro tanto!”
3.2. Nome que estas personagens têm no teatro vicentino.
R: Personagem tipo.
4. Exemplos de cómico nesta cena:
a) Carácter: Entrada do Frade a cantar.
b) Situação: Frade entra como alguém que não um Frade.
c) Linguagem: “Furaste o trinchão, Frade?”
5. Principais argumentos de acusação e defesa:
ARGUMENTOS DE DEFESA: FRADE
“ E eles fazem outro tanto”
“ Juro a Deos que nom t’entendo!
E este hábito no me val?”
“ Um padre tão namorado
E tanto dado a virtude?”
“ Como? Por ser namorado
e folgar com ûa mulher
se há um Frade de perder,
com tanto salmo rezado?”
6. O percurso cénico da personagem e o seu significado.
R: Movimento tríplice, mas, apesar de ser um movimento tríplice, não é tradicional, porque não aparece o Anjo.
7. O papel do Parvo nesta cena.
R: Crítica feroz de Joane ao Frade. A mulher é um pedaço de carne que o Frade come. O Frade é condenado ao inferno por Joane; O Anjo não aparece razão por que ele aceita a condenação (percebe os seus pecados). O Parvo é um instrumento de crítica atrás de quem Gil Vicente se esconde; Nada do que ele diz é levado a sério, por isso Gil Vicente pode dizer o que quiser através de Joane que não arranja problemas.
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