segunda-feira, 14 de março de 2011

Auto da Barca do Inferno -Cena do Parvo

Depois do julgamento do Fidalgo e do Onzeneiro, eis que ao cais chega Joane, o Parvo. Agora que conheces a dinâmica do Auto da Barca do Inferno, procura adivinhar o que vai suceder nesta cena, referindo o percurso cénico da personagem, os argumentos trocados com o Diabo e o Anjo e a sentença final.

Vem Joane, o Parvo, e diz:
PARVO: Olá barqueiro, para onde vais?
DIABO: Olha, vou para a ilha do chocolate! Anda tu também!
PARVO: Hum… Não quero, tenho diabetes!
DIABO: Oh, mas é sem açúcar, não te preocupes, não engordas!
PARVO: Mas, daqui a barca parece-me tão feia…
DIABO: Não, não! De dentro é um luxo, tem piscina e tudo.
PARVO: Hum… Acho que irei para a barca além! Aquele senhor de branco, sabes?
DIABO: Não te vais arrepender anda cá. Tens gente cá á tua espera.
PARVO: Não quero, vou para a barca além. Adeus.

Chega o Parvo ao batel do Anjo e diz:
PARVO: Ei da barca, para onde vais?
ANJO: Vou para o paraíso. Queres vir?
PARVO: E isso não é demasiado calmo?
ANJO: Acredita em mim, é um sítio perfeito onde tu és livre de fazeres o que quiseres.
PARVO: Não gosto de coisas aborrecidas.
ANJO: Mas olha que lá não há ninguém que te ameace e maltrate.
PARVO: Como sabes disso? Quem és tu?
ANJO: Ahahah! És engraçado! Eu sou o Anjo! Esta é a minha barca. Vem comigo…
PARVO: Sendo assim, quero! Quero ser feliz ao lado de pessoas boas…

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